Lei Ordinária 4696/2020

Tipo: Lei Ordinária
Ano: 2020
Data da Publicação: 29/10/2020

EMENTA

  • Denomina de WILLY WÖHL a Estrada que interliga a Chácara dos Bombeiros de Porto União com a BR-280, localizada na Comunidade de Lança, interior do Município de Porto União.

Integra da Norma

LEI Nº 4.696, de 26 de outubro de 2020.

 

Denomina de WILLY WÖHL a Estrada que interliga a Chácara dos Bombeiros de Porto União com a BR-280, localizada na Comunidade de Lança, interior do Município de Porto União.

 

 

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO UNIÃO, Estado de Santa Catarina, usando da competência privativa que lhe confere o inciso IV, do artigo 64, da Lei Orgânica do Município, faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte LEI:

 

 

Art. 1º Fica denominada de WILLY WÖHL a Estrada que interliga a Chácara dos Bombeiros de Porto União com a BR-280, localizada na comunidade de Lança, interior do nosso Município, Estado de Santa Catarina. Esta Estrada possui aproximadamente 850 metros de extensão, tendo início dentro da propriedade de Willy Wöhl, na coordenada geográfica 26°17’48.0″S 50°56’48.2.

 

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

Porto União, 26 de outubro de 2020.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ELISEU MIBACH                                               RUAN GUILHERME WOLF

Prefeito Municipal                               Secretário Municipal de Administração e Esporte

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO I

A presente lei tem como objetivo homenagear Willy Wöhl, por meio da atribuição de seu nome à Estrada que interliga a Chácara dos Bombeiros de Porto União com a Rodovia BR-280, localizada na comunidade de Lança, interior do município de Porto União, Estado de Santa Catarina. A Estrada citada possui aproximadamente 850 (oitocentos e cinquenta) metros de extensão, na coordenada geográfica 26°17’48.0″S 50°56’48.2″W.

 

Willy Wöhl nasceu em Corupá, município localizado na região Norte do Estado de Santa Catarina, em 18 de novembro de 1937. Filho de Alfredo Wöhl e de Sofia Wöhl é o primeiro na ordem decrescente de idade dentre cinco irmãos, tendo ele um irmão gêmeo, Alberto Wöhl.

 

Em 23 de outubro de 1943, devido a orientações médicas e em busca de um local com clima mais favorável para sua saúde, Alfredo Wöhl (pai de Willy Wöhl, que sofria de asma), se mudou para Porto União acompanhado de sua família, pois o município de Corupá possuía temperatura mais elevada em relação a Porto União, o que dificultava sua atividade respiratória. Deste modo, Willy Wöhl passou a residir em Porto União, junto de seus pais e irmãos. Foi um dos primeiros moradores da localidade de Lança, exercendo a profissão de lavrador, ferreiro e serralheiro.

 

Chegando em Porto União a família Wöhl, mesmo com pouco equipamento e somente uma carroça de tração humana, iniciou no ramo agrícola, plantando e arando a terra de forma braçal, prática que demandava grande esforço físico.

 

Com a existência da estrada de ferro, que interligava a estação ferroviária de Porto União da Vitória com o Porto de São Francisco do Sul, a venda de lenha se tornou outra importante fonte de renda para a família. As cargas eram vendidas e entregues na estação ferroviária de Lança, situada a aproximadamente três quilômetros de distância de seu terreno. Naquela época, a lenha era indispensável para as locomotivas a vapor, visto que esta era o principal combustível para as caldeiras das Marias-fumaça que transitavam na localidade.

 

Aos 18 anos, alistou-se no exército e prestou serviço militar junto ao 5° Batalhão de Engenharia, hoje 5° Batalhão de Engenharia de Combate Blindado – Batalhão Juarez Távora, e no dia 20 de novembro de 1956, recebeu diploma de exemplar conduta devido ao seu excelente comportamento militar e civil, além de nítida compreensão de seus deveres como cidadão.

 

Após sua passagem pela vida militar, Willy Wöhl começou a aprender e a trabalhar com seu irmão gêmeo, Alberto Wöhl, na profissão de ferreiro. Juntos, começaram a desenvolver ferramentas, tais como alicates, enxadas, foices, machados, facões, cortadeiras, entre outras, além de produzir carroças, veículos estes que demoravam cerca de 14 (quatorze) dias para ficarem prontos. Nesta época, as carroças eram amplamente utilizadas, devido a pouca existência de veículos automotores.

Após a modernização da indústria automobilística e aumento consistente do número de veículos automotores, provocando a diminuição na procura de carroças, Willy Wöhl começou a exercer a atividade de serralheiro, na serraria do Senhor Pedro Schmidt, onde posteriormente comprou os equipamentos da serraria, tais como serras, eixos, bancada, motor e comando, construindo uma mini serraria em sua propriedade para fins próprios, a qual utilizou para desdobrar madeiras para construção de benfeitorias em sua propriedade, bem como para ajudar a localidade da Lança, serrando espetos de madeiras paras as festas da igreja e da comunidade.

 

Homem de grande carisma, caráter, conhecimento, honestidade e responsabilidade, de percepções extraordinárias para com ações em meio rural e social, sendo amplamente conhecido na localidade de Lança, devido à sua prontidão para ajudar, não somente seus familiares, mas também amigos e quem da comunidade estivesse precisando.

 

Willy Wöhl faleceu no dia 25 de agosto de 2017, aos 79 (setenta e nove) anos, devido à neoplasia de próstata, após uma luta incansável contra a doença, deixando oito filhos, dezesseis netos e uma bisneta, além de importante legado de honradez e idoneidade, sendo exemplo a todas as pessoas que o conheceram.